25 de abril de 2008

Corpo Quântico


(...)O corpo quântico não está separado de nós — ele é o que somos —, embora não o vivenciemos neste momento. Se estivermos sentados pensando, lendo, falando, respirando, digerindo etc., isso é tudo o que acontece acima da linha.

Eis uma analogia que destaca o corpo mecânico quântico: pegue uma barra de magneto, ou ímã, e cubra com uma folha de papel. Depois, despeje no papel umas limalhas de ferro e sacuda ligeiramente. O que vai surgir é um padrão de linhas curvas, uma dentro da outra, formando um arco do pólo norte ao sul do ímã, e vice-versa. O desenho geral que você fez representa um mapa das linhas das forças magnéticas, antes invisíveis porque as partículas de ferro não tinham se alinhado para mostrar a imagem.

Nessa analogia vemos toda a atividade mente-corpo acima do papel e o campo da inteligência por baixo. As limalhas de ferro, movendo-se em volta da atividade mente-corpo, alinham-se automaticamente com o campo magnético, que é a inteligência. O campo é completamente invisível e indiscernível até mostrar sua energia ao mover algumas partículas de matéria a sua volta. E a folha de papel? Ela é o corpo mecânico quântico, a tela fina que mostra exatamente quais os padrões de inteligência manifestados no momento.

Nessa simples comparação existe mais do que você pode ter suposto no início. Sem o papel para separar os dois, o ímã e o ferro poderiam não interagir de modo tão ordenado. Procure proximar um ímã de algumas limalhas de ferro. Em vez de formar linhas regulares e espaçadas, elas se amontoarão sem forma sobre a superfície do ímã. Com o papel entre eles, você vê a imagem do campo magnético e, se girar o ímã, poderá observar as limalhas movendo-se para espelhar o novo campo criado.

Se você não soubesse o que é um magneto, juraria que o ferro estava vivo, porque aparentemente se movia sozinho. Mas, na realidade, é o campo oculto que gera essas aparências como a da vida. Eis um quadro verdadeiro de como o corpo-mente se relaciona, de fato, com o campo da inteligência. Os dois continuam separados, mas a divisão é invisível e não tem nenhuma espessura. É apenas um vazio.

O único modo de alguém saber que o nível quântico existe é porque as imagens e padrões ficam brotando pelo corpo. Sulcos misteriosos aparecem pela superfície do cérebro; belos torvelinhos, exatamente como no miolo do girassol, surgem nas moléculas de DNA; o interior do fêmur tem tramas maravilhosas de tecido ósseo, como os suportes entalhados de uma ponte pênsil.

Para qualquer lado que você observe não há caos, e essa é a maior prova de que realmente existe uma fisiologia oculta. A inteligência transforma o caos em padrões. A idéia de se processar bilhões de mensagens químicas a cada minuto implica um caos incrível, ainda que a complexidade do sistema mente-corpo seja enganosa: emergem de nossos cérebros imagens coerentes, como uma fotografia de jornal que mostra uma imagem coerente formada por milhares de pontinhos.

A matéria de nosso corpo nunca se desintegra numa pilha sem forma e sem mente — até o momento da morte. Em resposta à pergunta óbvia “Então, onde está o corpo quântico?”, podemos responder com segurança que ele fica em um vazio infelizmente difícil de ser descrito, já que é silencioso, não tem espessura e existe por toda a parte.

(...)
A Cura Quântica, Deepak Chopra

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