23 de junho de 2009

2 de junho de 2009

Inveja e Admiração



Partilho convosco:

Saudações,

Quando alguém que não tem sua auto-estima fortalecida,
compara-se com outro, surge nele um sentimento
negativo, diria até desesperador, visto que sempre
haverá em algum aspecto, pessoas melhores do que nós.
Devemos compreender que cada pessoa tem seu jeito de
ser, seu ritmo de viver, um caminho a trilhar. Não
estamos nesta vida para sermos melhores ou piores do
que ninguém mas sim, para realizar o potencial que
existe em cada um de nós. Sermos sempre melhores
comparados com nós mesmos.
Claro que alguém irá dizer... mas como sabermos se
somos melhores sem um parâmetro de comparação? Não
necessitamos de um padrão de comportamento com todas
as características que definiriam o que é ser bem
sucedido para aí sim podermos alcança-lo?
No caso concordaria, mas teria a certeza de que esta
comparação com o outro para ser válida, teria de nos
levar a um aprendizado. Comparar-se com o outro de
forma sadia, é aprender com o outro e isto chama-se
Admiração.
Por isto dizem que no fundo de todo sentimento de
inveja, existe o sentimento de admiração, pois a
inveja nada mais é do que a admiração pelo outro
aliada a decepção com nós mesmo. Por isto o invejoso
busca diminuir o seu objeto de admiração, pois na
incapacidade de aprender com ele, ser como ele, ele
simplesmente opta por destruí-lo, ficando assim, ambos
no mesmo plano... pequeno... miúdo... rasteiro.
Devemos compreender que cada estrela tem seu brilho e
que cada um de nós é uma estrela como já dizia a
falecida Elis Regina lembrando o mago Aleister
Crowley.
Feliz daquele que se alegra com a alegria do outro,
pois não se sente frustrado como o invejoso, que tenta
roubar a alegria do outro, como os planetas roubam a
luz das estrelas. Além do que, não se resolve a
tristeza consigo mesmo, torcendo para a tristeza do
outro. Não se dissipa as limitações com as limitações
do outro.
Daí acreditar que devemos ser padrões de nós mesmos
para podermos encontrar a alegria de sermos o que
somos e saber que poderemos ser muito mais.
É como a fábula do Mestre já em idade avançada que no
leito de morte, ouviu de um de seus discípulos:
Mestre... tens medo da morte? E o Mestre respondeu:
Sim, tenho... tenho medo do meu encontro com Deus... O
discípulo sem entender disse: Mas Mestre, você foi um
exemplo de vida... fostes sábio como Moisés... fostes
justo como Salomão.... E o Mestre interrompe o
discípulo dizendo: Quando eu estiver frente a frente
com Deus, ele não me perguntará se fui como Moisés ou
como Salomão mas sim, se eu fui eu mesmo....
Só para registro e reflexão.
Fecha o pano.
Enviado por Angélica

Fernando Martins
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