13 de maio de 2007

sussurros...

De há uns tempos a esta parte, o meu caminho pessoal, levou-me de encontro a situações semelhantes a outras com as quais já me havia deparado no passado.
Como costumo dizer, não são poucas as vezes em que as situações se repetem. Muito embora as circunstâncias possam ser bastante diferentes, duas coisas se mantêm inalteradas: o actor principal e objectivo dessa experiência de vida, aquilo que é suposto tomarmos consciência. Nessas alturas, podemos fazer uma de duas coisas, enfrentar essa situação, predispondo-nos a aprender alguma coisa de novo acerca de nós próprios, ou podemos escolher a via mais fácil, desviando-nos desse fantasma interno, preferindo culpar tudo à nossa volta, menos o verdadeiro responsável: NÓS!
É precisamente isso que me tem acontecido. Uma das minhas características, é a ânsia pelo controlo, não que anseie por controlar tudo à minha volta, mas quando me envolvo em algo, mentalmente traço um plano de como as coisas deverão correr, crio esperanças em volta das pessoas e das situações, e depois fico revoltado comigo, e com as outras pessoas, por terem objectivos menos ambiciosos que os meus, e quero à força que exijam de si o mesmo que eu exijo de mim (não poucas vezes sou cruel comigo mesmo!). No fim de tudo saio desiludido pois poucas vezes as pessoas estão ao nível das minhas expectativas, e por isso fico desiludido: não sei se com as outras pessoas por não estarem ao nível que eu esperava delas, se comigo, por ter levado a fasquia demasiado alta, sem saber o que as pessoas realmente valiam.
Tenho também em mim, a noção de que não posso ser como o Herman José, que sempre que conhece alguém, pensa as piores coisas do mundo acerca dessa pessoa. A partir daí, tudo é positivo! Afinal de contas nem 8 nem 80!
A mudança tem de começar em mim. Afinal de contas se exijo das pessoas à minha volta, deveria exigir ainda mais de mim mesmo, em vez de ter o mesmo pensamento repititivo, sempre que tenho uma nova ideia, aparece o diabinho logo a colocar dúvidas, e o anjinho do outro lado a fazer o seu papel...
É tramada a lição que julgo ter a aprender com isto tudo!
Primeiro que tudo, tenho a aprender que nem tudo à minha volta pode ser controlado, por muito que me custe.
Segundo, não posso esperar que as pessoas façam tudo sem erros, logo nas primeiras tentativas, por muito que me custe, ver essas mesmas pessoas bater com a testa na parede, tudo o que me posso limitar a fazer, é oferecer a minha ajuda, e esperar que essas pessoas a aceitem, antes que o sangue que lhes corre da testa, lhes turve a visão e tudo descambe!
Terceiro, tenho de estar mais atento a estes pequenos sinais que vão aparecendo na minha vida, enquanto eles sussurram...

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