18 de Maio | 21h30m
A música dos monges do mosteiro de Tashi Lhunpo, é extremamente subtil e complexa, indissociável das tradições antigas de cujo significado está impregnada. No essencial está destinada à vivência espiritual. Seja vocal ou instrumental, requer não só um conhecimento perfeito dos textos transmitidos por tradição oral, mas também um alto nível de virtuosismo da interpretação. Intimamente ligada à tradição, a música desempenha um papel importante na vida da comunidade monástica. Os mosteiros tibetanos são verdadeiros conservatórios no sentido ocidental do termo, ou seja, escolas de música que facultam aos monges uma formação musical de alto nível, organizam grupos vocais e orquestrais, e mantêm uma estética e meio de expressão particulares cuidadosamente codificados. Os instrumentos, tanto de sopro como de percussão, são de origem local e estrangeira.
Alguns, como o dung kar, fabricado com a concha de um grande caracol branco que se pesca na costa oriental do Hindostan, são originários da Índia. Instrumento que, segundo o livro sagrado "Bhagavad Gita", emite “esse ruído formidável que sacode o céu e a terra", e exige de quem o
toca um ouvido apurado e pulmões poderosos.Outros instrumentos parecem ser de origem tibetana: o instrumento de sopro fabricado com uma tíbia humana, o kang ling, e o chodar, tambor.Os monges consideram que a música é um meio de expressão espiritual e que se toca exclusivamente para os deuses. O facto de os músicos, extremamente sensíveis à perfeição técnica, terem consciência da função da sua arte e experimentarem uma satisfação e um interesse profissional não está em contradição com o carácter da música, pelo contrário garante a manutenção de uma tradição cuja origem e natureza se consideram essencialmente celestes.
M/ 12
Preço: 10€
Duração aproximada: 1h30m
Não é permitida a entrada após o início do espectáculo
Contactos: 244 823 600 ou bilheteiras@teatrojlsilva.pt
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