10 de agosto de 2008
ALMAS GÉMEAS...
A sua Alma Gémea está mais perto do que imagina
"Certa vez, um discípulo perguntou ao seu Mestre, já muito velho, por que ele nunca se tinha casado; o Mestre respondeu:
- Eu procurava a mulher perfeita, a minha metade e, assim, várias mulheres foram aparecendo na minha vida e as qualidades que eu buscava e que me preenchiam e satisfaziam, ora encontrava ora não; enquanto uma era inteligente, no entanto não era culta, enquanto outra era sensual, no entanto não era bonita, outra ainda até podia ser organizada, mas era chata e por aí fora...
- Está a querer dizer-me que nunca chegou a encontrar uma mulher perfeita?
- Encontrei, encontrei sim, mas quando isso aconteceu foi ela quem me disse que procurava o homem perfeito e que eu não era ele..."
A energia do amor é essencialmente calma e pacífica, alegre e inspiradora. Não é pesada, cansativa nem trágica. Algumas vezes, vocês convencem-se de que precisam ficar juntos porque “compartilham o mesmo karma” e precisam “resolver algumas questões juntos”. Vocês utilizam a “natureza do karma” como um argumento para prolongar o relacionamento, enquanto ambos sofrem imensamente. Na verdade, vocês estão a distorcer o conceito de karma. Vocês não resolvem um karma juntos: o karma é uma coisa individual. Cada um tem responsabilidade apenas por si mesmo. É importante entender isto porque esta é uma das principais armadilhas nos relacionamentos. Vocês não são responsáveis pelo vosso parceiro e ele não é responsável por vocês. A solução dos vossos problemas não está no comportamento da outra pessoa. (Jeshua através de Pamela Kribbe)
Todos procuram a sua cara metade, ou a sua "alma gémea", como é usual chamar, mas devemos entender que os relacionamentos de terceira dimensão, os chamados “relacionamentos kármicos”, precisam terminar porque são ligações em que os parceiros carregam emoções não resolvidas dentro de si, tais como culpa, medo, dependência, ciúme, raiva, etc. e devem evoluir para acompanhar a mudança cósmica. O objectivo desse tipo de (re)encontros é proporcionar às pessoas uma oportunidade para se entenderem como irmãos e fazerem escolhas diferentes das que fizeram noutras vidas.
Nessas uniões repetem-se padrões emocionais vividos noutras épocas para que os envolvidos desenvolvam uma forma mais madura e consciente de lidar com a mesma situação. Estes (re)encontros exercem uma forte atracção que impele as pessoas a unirem-se com intensa paixão, parecendo terem encontrado a sua alma gémea. Porém, os parceiros acabam num envolvimento conflituoso onde poder, controlo e dependência se tornam a tónica do relacionamento. O encontro emocional de outrora, que gerou cicatrizes e traumas emocionais, funciona também dentro da Lei de Atracção. São relacionamentos destrutivos onde não existe amor e respeito. A intenção do Plano Espiritual nestes casos é que ambos consigam exercitar o desapego com amorosidade. Uniões que causam emoções intensas e exacerbadas, tristezas, angústias, conflitos por tudo e por nada e os envolvidos não conseguem se libertar, são uniões kármicas da terceira dimensão, pois a energia do amor é alegre, calma, dá segurança, estabilidade e inspira coisa boas.
Eis um exemplo: uma paciente procurou-nos para receber a 'Terapia Energética para Ampliação da Consciência' e a sua queixa era o péssimo relacionamento com o seu marido. A sua angústia e desapontamento causou-lhe depressão e, como consequência, a perda do emprego. A dependência financeira acabou por complicar a situação e expôs uma realidade até então desconhecida: ela só era reconhecida quando correspondia aos anseios materiais do seu marido e quando isso não acontecia ele tratava-a como um peso morto. Qualquer solicitação financeira por parte dela, era motivo para que ele lhe dissesse, por exemplo:“Falta-te alguma coisa aqui?!! Por acaso não tens que comer?!!” E assim foi até o dia em que a situação se tornou insuportável; então, chamado para uma conversa com ela, ele acabou por lhe dizer: “Não te admiro; és muito simples! Gosto de mulheres mais sofisticadas”. O seu mundo ruiu, a sua auto-estima ficou terrivelmente abalada, acabando por adoecer - criou um mioma no útero que necessitou de uma cirurgia para retirar o órgão. A separação foi inevitável, mas o seu emocional sofreu graves sequelas pois ela acreditava que estava unida à sua alma gémea, portanto, na sua perspectiva não havia mais esperança para ela. Esteve meses a receber Terapia, acompanhada por florais e participando do Curso de Alinhamento da Personalidade. Hoje é outra mulher. Bonita, forte, segura de si e mais consciente da realidade.
Este foi um exemplo que evidencia que a única responsabilidade de cada um é consigo mesmo. A importância desta compreensão é fundamental para que possamos sair dos relacionamentos tridimensionais que tornam as pessoas dependentes de algo/alguém fora delas. A visão distorcida do que significa alma gémea faz com que as pessoas procurem a sua outra metade, ilusão essa que as leva para fora de si mesmas, esquecendo-se da sua origem divina, onde somos inteiros; somos o masculino e o feminino, somos o todo: "Ninguém é metade de ninguém." Na terceira dimensão, o nosso ser é conduzido pela personalidade, que é dual e, estando nela, vivemos a ilusão da paixão: "Ninguém se apaixona por ninguém. A mulher apaixona-se pelo masculino dentro dela, reflectido no homem, e vice-versa; o homem apaixona-se pela sua porção feminina que encontra na mulher. Somos espelhos e um dia decepcionamo-nos com a nossa própria imagem reflectida no outro.
Essa noção “imatura” do conceito de almas gémeas leva-nos a entender que somos essencialmente femininos ou masculinos e que precisamos da nossa outra metade para completarmos uma unidade. E a realidade é só uma: somos inteiros, somos yin e yang, e enquanto não aprendermos a reconhecer cada uma dessas partes dentro de nós e a integrá-las, estaremos a atrair relacionamentos de dependência.
Então, não existem almas gémeas? Sim, elas realmente existem, mas, são idênticas em sentimento, em amor, vibração, princípios e ética. São seres livres e independentes, que escolhem compartilhar a sua vida com outro ser igual em essência. Não estão juntos para resgatar ou aprender alguma coisa pois almas gémeas não têm função na dualidade. Os seus propósitos são sempre divinos. Somente quando nos identificamos com a divindade dentro de nós, somos capazes de encontrar a nossa alma gémea. Quando nos tornamos conscientes de nossa unidade, a nossa jornada de volta à casa do Pai começa. Tornamo-nos menos ligados a coisas externas, como estatuto, fama, dinheiro ou prestígio. Compreendemos que a chave da felicidade não é a experiência em si, mas sim, a maneira como vivemos essa experiência. Criamos a nossa própria felicidade ou infelicidade através da consciência evoluída.
Mestre El Morya diz: "Quanto às chamadas Almas Gémeas, o seu encontro não se dá senão pelo merecimento, por mais incessante e imperativa que seja a busca. E, caso ocorra sem o pressuposto maior de, juntas, atingirem a Perfeição, o encontro será efémero como uma flor que, uma vez colhida, perde o viço, o perfume, a existência...".
texto de VERA G.GODOY
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Um comentário:
Leve, breve, suave, assim entrou este texto na minha Alma. Sem busca, sem procura, simplesmente convidado pelo momento. O momento que eu vivo, o momento presente. Um comentário ou uma orientação que eu tinha pedido ao Universo. E veio. No momento certo. Muito obrigada por este texto. Bem hajam!
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