26 de junho de 2007

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,

De imenso amor, de esperança louca.


Palavras nuas que beijas

Quando a noite perde o rosto;

Palavras que se recusam

Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas

Entre palavras sem cor,

Esperadas inesperadas

Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama

Letra a letra revelado

No mármore distraído

No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é a mais forte,

Ao silêncio dos amantes

Abraçados contra a morte.

Alexandre O'Neill

É de grande agrado que colaboro com o Coruja, e esta semana o meu contributo remete ao incondicional Poder da Palavra. Deixo por isso um poema de O'Neill para a reflexão semanal.

Beijo da Lua aos Seres Iluminados

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