Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é a mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill
É de grande agrado que colaboro com o Coruja, e esta semana o meu contributo remete ao incondicional Poder da Palavra. Deixo por isso um poema de O'Neill para a reflexão semanal.
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